quinta-feira, julho 28, 2005

Meu Mastercard

Sutiã para amamentação: R$ 56
Calcinha pós-parto: R$ 42
Cinta para apertar a cintura: R$ 95

Voltar a ser uma mulher magra: Não tem preço

Mastercard: aceito de lojas de lingeries a clínicas de lipoaspiração.

terça-feira, julho 26, 2005

Alguém tem Lexotan aí??




Acho que vou parar de ler blogs de grávida...

Ao mesmo tempo que ajuda muito saber que outras mães sentem o que eu sinto – principalmente em relação ao meu medo de partos – essas leituras têm me deixado ainda mais ansiosa. Acho que sou a única grávida com 32 semanas que continua com um quarto de bebê vazio, um chá de bebê sendo adiado semana a semana e um guarda-roupa com três pecinhas isoladas...

Caraca, eu não tenho mala pronta para ir à maternidade! Eu sequer tenho a tal mala!! Vê lá o que pôr dentro...

Pior que minhas férias acabam nesta sexta-feira e vou voltar a trabalhar na maior pauleira do mundo. Afinal, será pouco mais de um mês de trabalho e depois licença-maternidade por quase cinco meses. A chefia pediu, com razão, que eu adiantasse o máximo de coisas possível antes de entrar de licença... Quer dizer, vou passar 30 dias trabalhando alucinadamente.

Ah, fala sério! Miguel merecia já nascer numa casa tão enrolada?!

segunda-feira, julho 25, 2005

Cinco coisas que estou louca para fazer após o parto:

- Encher o Miguel de beijos

- Voltar a usar aliança

- Vestir uma calça jeans moderninha e justa

- Recolocar meu piercing

- Usar sapato de salto

Não vejo a hora.

Pausa para relaxar

Fim de semana foi complicado. Estou cansada, ainda estressada e entrando na última semana de férias. Vamos ver se tudo se resolve nos próximos dias. Miguel manda beijos para os (as) fãs.

sábado, julho 23, 2005

A novela da 4D - capítulo final




Ai, gente, tô com preguiça até de contar o que aconteceu...

Fomos lá fazer a ecografia de novo. O médico pediu desculpas, disse que não entendeu o que aconteceu, blá-blá-blá e lá fomos nós.

Miguel, óbvio, sem a menor intenção de colaborar. Era perto do meio-dia e acho que meu bebê tava com fome. Passou o tempo inteiro chupando dedo. Não, para falar a verdade, ele passou o tempo inteiro chupando as duas mãos!! Até foi divertido. Ele chupava o dedo com tanto gosto que a bochechinha subia e descia freneticamente... hehehe... E o gatinho só tirava a mão da boca para analisar melhores ângulos para continuar a começão de dedos. Foi engraçado. Nunca vi tantas caras e bocas e bicos num bebê só. E foi legal para vermos que ele já é um bebezinho com manias e vontades antes mesmo de nascer!!

Bom, depois de uns 15 minutos e uns 10 vídeos, nos demos por satisfeitos. Fomos esperar o cd na sala de espera e encerrar a briga por novas imagens. No final, eu tava até feliz. Consegui ver o Miguel três vezes em duas semanas. Foi ótimo.

Aí, chega a recepcionista: “vcs vão achar que é brincadeira...”

É, vamos achar mesmo. As imagens tinham sumido do computador de novo. DÁ PARA ACREDITAR? Eu não tinha forças nem para levantar mais da cadeira. Parecia piada de mau gosto. Mas um segundo médico estava no consultório (o anterior já tinha saído para almoçar) e pediu para tentarmos mais uma vez. A quarta vez. Eu fui meio zumbi. Não agüentava mais aquele gel melequento que precisamos passar. Enfim. Mais esperto, esse doutor pelo menos decidiu fazer um teste antes para saber se as imagens seriam gravadas. Ainda bem. Depois do teste eles acabaram achando os vídeos anteriores. Aleluia!!

Agora, temos imagens e fotos do Miguel para cansar de ver. E eu prometi ao meu bebê que não farei mais ecografias estéticas. A partir de agora, só as tradicionais, e mesmo assim com requisição médica. Juro!

sexta-feira, julho 22, 2005

Lei de Murphy ataca pais corujas!!




Pois é. Fomos lá fazer uma nova US 4D (a tal eco em tempo real). Conversei muito com Miguel, pedi colaboração, e ficamos rezando. Pois não é que meu bebê foi um anjo?! Fez mil caretinhas, abriu a boca, mostrou a língua, mexeu pé, mão... Tudo com a carinha mais plácida e serena do mundo. O mais bem humorado. Em 15 minutos, ele já tinha feito mais poses e festinhas do que nos mais de 40 minutos que tentamos da vez anterior. Simplesmente show.

Aí, saímos do consultório e fomos para a sala de espera, aguardar pelo cd com os filmes e fotos.

Aparece a recepcionista, com uma cara absolutamente sem graça e diz “vcs se importam de pegar isso só amanhã? É que estamos com um probleminha na máquina...” Probleminha na máquina??? Como assim??? Bom, resumindo o drama, a máquina que os caras usam exclusivamente para gravar as imagens da US não funcionou. Não capturou nada!! Não tenho nem uma ceninha sequer para contar a história.

Ficaram frustrados? Imaginem a gente...

Terei de voltar lá hoje de novo. Para a terceira tentativa. Nem vou estressar se Miguel estiver de saco cheio e não quiser posar para foto. Eu já estou de saco cheio. Mas vamos torcer. Quem sabe dessa vez dá tudo certo.


P.S. Apesar de tudo, não posso deixar de registrar: meu filho é muito lindo!!!

quarta-feira, julho 20, 2005

Providência divina



É exatamente quando estamos mais desanimados e tristes que o onipresente Deus – ou o destino, como queiram – resolve dar uma mãozinha.

Depois dos meus dias cinzas, estava despretensiosamente na loja de uma amiga, falando sobre as dificuldades de se fazer um enxoval de bebê, quando a mulher-do-primo-do-amigo, que participava da conversa, resolveu ajudar: “Vc quer um berço marfim, sem detalhes? Eu estou vendendo o da minha filha, está em ótimo estado...”

Gente, ontem à tarde fui lá conferir. E saí de lá com negócio fechado no berço – exatamente como eu queria –, em uma poltrona e no carrinho!! Tudo bem legal e pelo preço de um berço novo! E ainda com um bebê conforto de brinde. Foi ou não providência divina?

Então, neste final de semana, o quarto do Miguel já terá paredes decoradas, berço, poltrona, cheirinho de bebê e guarda-roupa com as primeiras roupinhas arrumadas (sim, porque aí me empolguei e comprei até cabides infantis). De quebra, ainda devo fazer os convites do chá de bebê – que enfim foi marcado definitivamente, será dia 7 de agosto, domingo, na Asa Norte – e encomendar os puxadores de gaveta (estou apaixonada por uns de aviãozinho).

As cores voltando.

terça-feira, julho 19, 2005

Um dia qualquer




Sabe aqueles dias em tudo amanhece meio cinza? Não apenas o céu, mas as coisas a seu redor, as relações com as pessoas, os resultados do que vc tanto procura?

Estou em um desses dias.

Teoricamente esta é a minha primeira semana realmente de férias, mas a lista de coisas para resolver é tão grande, que me sinto mais cobrada do que no meio do expediente de trabalho.

Tenho de tomar vacina anti-tetânica. Tenho de pagar algumas contas. Tenho de passar no Detran. Tenho de passar na lavanderia. Tenho de colocar umas bolsas para consertar. Tenho de procurar uma faxineira nova. Tenho de encontrar uma babá para Miguel. Tenho de conseguir dinheiro para começar a montar o quarto do meu filho. Tenho de fazer mil coisas. Tenho de. Um saco.

Obrigações são cinza. De um cinza turvo e sem graça.

Mas também estou me sentindo meio sozinha. Tudo bem, é carência passageira por conta de um encontro que provavelmente terá de ser adiado. Mas até que ponto essa história de casar, engravidar, ter vida a dois, virar mãe de família, não afeta a relação com amigos e amigas? De repente, senti falta do social. E não, PELO AMOR DE DEUS, não pensem que não estou feliz com a minha vida nova. Estou. MUITO. Não a trocaria por nenhuma outra. Mas lamento que as coisas mudem ao meu redor.

É engraçado como as parcerias de guerra funcionam. Você pode ser muito amiga de alguém, se os dois estiverem solteiros, indo junto às baladas e trocando confidências sobre os relacionamentos que, em geral, estão dando errado. Daí, um desses relacionamentos dá certo e adeus amigos. Prefiro não encontrar as explicações. Falta de afinidade? Problemas de aceitação das novas condições?

Enfim. Nessas horas, a vida fica cinza mesmo.

E com tantos hormônios, masculinos e femininos, recheando o meu corpo tá difícil ter pensamento lineares e escrever textos brilhantes. Talvez, como num artigo que acabei de ler sobre uma mãe que descobre o blog super animado da babá de seus filhos, eu esteja começando a ficar com medo de ter virado uma chata.

sábado, julho 16, 2005

Uma viagem pela quarta dimensão




Ontem fui fazer o ultrasom 4D. Para ver não apenas a carinha linda do Miguel como poder gravar clipes dele se movimentando. Vcs imaginam a ansiedade que a gente estava, né?

Pois é. Mas filho de quem é, Miguel não podia facilitar as coisas. Deu um show de charme e jogo duro. Foram 40 minutos de exame sem nenhum close inteiro do rostinho dele, acreditam? O máximo que conseguimos foram parciais do rosto, ou fotinhos charmosas dele com a mão na boca (aliás, já estou saindo para comprar uma chupeta para esse menino!).

Sem brincadeira, estou absolutamente dolorida da surra que levei ontem. De um lado, a médica pressionando, empurrando, fazendo de tudo para ele se mover ou tirar as mãos do rosto. De outro, Miguel – do alto dos seus quase dois quilos – empurrando e chutando para afastar o aparelho. A médica só conseguia repetir: “chutou de novo”, “empurrou de novo”, “ta me chutando”, “coitada de vc, Paola”...

E não pensem que eu estava de alguma forma machucando ou irritando meu bebê, não!!! O malinha ainda encontrava espaço para dar um sorrisinho de canto, sabe? No final, cansadíssimo de tanta perturbação, ele encerrou a conversa. Se enfiou entre o útero e a bexiga e escondeu completamente o rosto. Inviabilizou o exame e pronto. Tivemos de ir embora, frustradíssimos.

Mas, na guerra por um bom ângulo, conseguimos ver muita coisa – a tecnologia é impressionante, né? Já deu pra ver de primeira que Miguel vai ser o sonho de consumo das tias loucas por bochechas. Nossa, ficamos todos morrendo de vontade de dar uma mordida naquele bochechão!! Meu bebê também tem uma boquinha desenhada e carnuda sensacional... (Ah, deixa eu ser bem coruja? A médica disse que ele tem traços lindos! Tá na cara que vai puxar a mãe... hehehe...). Nem vou falar nos documentos do rapaz pras meninas não se animarem a atacar nosso pequeno.

Os clipes estão disponíveis para as tias (e tios) que já quiserem corujar o lindo. E dá uma noção exata de como minha vida de mãe-canguru é sofrida. Ele não parou de mexer um único segundo. E podemos ver os pés (grandes, imagina!), as perninhas, as mãos, enfiando o dedo no olho, no nariz... Dá até para comprovar a genética e vê-lo mexer os dedos do pé do mesmo jeitinho que o pai faz quando está relaxado.

Como diz a Cibelle, devíamos deixar quieto e esperar para vê-lo de verdade quando ele chegar. Mas afinal, a genética de Miguel tinha de vir de algum lugar, né? Então estamos negociando para tentar de novo na próxima semana. Quem sabe?

quinta-feira, julho 14, 2005

Estou atrasada, estou atrasada...



Ai, gente, comecei a ler um bando de blog de grávida e as autoras, todas com mais ou menos o mesmo tempo de gravidez que eu, estão com os quartos dos bebês prontos!!! Eelas têm pronta até a mala que vão levar para a maternidade!!! E eu?? Bom, eu nem sei direito ainda em que maternidade terei o Miguel!!!

O quarto dele, por enquanto, só existe na minha cabeça. Porque o cômodo que ele vai ocupar mesmo continua vazio. O máximo que fizemos até agora foi escolher o papel de parede (escolher, ok? Não “comprar”). Dá até um certo desespero de pensar que ainda não tem nada feito. Se ele (pelo amor de Deus, não!!!) decidir nascer de sete meses, ferrou. Vamos ter de ficar hospedados na maternidade por uns dias...

Ah, anotem aí: se tudo der certo, o chá de bebê será dia 24, domingo.

domingo, julho 10, 2005

E a vida profissional, cadê?



Isso vai ser uma pequena crise profissional...
Crise? Não, talvez o termo seja forte demais. Está mais para uma análise e reavaliação profissional.

No meio do ano passado, fiz uma mudança radical. Larguei redação de jornal, convicta de que aquela vida estava me matando. Fui para uma assessoria, bom salário, esquema de trabalho beirando o perfeito. Mas aí, num desses acidentes de percursos inevitáveis na vida, o ano não terminou com as coisas tão bem na profissão. Ao mesmo tempo em que eu começava 2005 completamente apaixonada e de casamento marcado, o lado profissional dava uma retrocedida significativa. E bem quando eu tentava resolver isso, cortando laços e renovando tudo mais uma vez, descobri que estava grávida.

Admito, não sem um pouco de embaraço, que a notícia foi um choque. Ao mesmo temo em que eu estava muito feliz por estar construindo uma família – coisa pela qual esperei a vida inteira – senti um baque por ter de encarar a estagnação profissional sem me mexer. Foi difícil. Até agora não sei o peso que tudo isso vai ter na minha, digamos, carreira. No dia-a-dia, não fico pensando nisso. Miguel crescendo (e pulando) na minha barriga é motivo suficiente para eu me importar com mais nada. Na maioria das vezes.

Mas às vezes, o bichinho jornalista, a Paola independente-profissional-jurando-ser-bem-sucedida acorda. E me deixa um pouco incomodada. Sei que estou num momento lindo, super pessoal, só meu e do meu marido maravilhoso. Mas o que será daqui a algum tempo? Daqui a dois, três anos? Como vai ser o meu “retorno” profissional? Eu vou mesmo querer voltar? Eu vou querer voltar e vou conseguir? Ou eu vou querer voltar e não vou ter mais chance nem espaço? E vou ter de me conformar com uma vidinha marromenos de assessora? Ou vou estar tão envolvida com a vida de mãe-esposa-família-feliz que não vou querer ouvir falar em “profissional dedicada”?

Essas dúvidas me deixam um pouco apreensiva. Não gosto de lidar com o desconhecido. Fico ansiosa.

quinta-feira, julho 07, 2005

Pedido de desculpas



29 semanas:

O olho do bebê percebe diferenças entre luz e sombra, mas não distingue cor e forma. Abre os olhos e enxerga a meia-luz do mundo. Seus outros sentidos vão sendo descobertos e testados pouco a pouco: o tato, quando ele bate nas paredes uterinas ou consegue agarrar o cordão umbilical; o gosto, quando deglute o líquido amniótico ou chupa o dedo; a audição quando a mãe conversa com ele ou há música no ambiente.


Pois é, Miguel já escuta direitinho. E é por isso que estou fazendo um pedido de desculpas público e oficial a ele. Exatamente quando ele passou a distinguir sons, eu deixei o meu pobre bebê uma semana inteira no plenário da Câmara Legislativa, assistindo à sessões das 10h às 20h. Os primeiros sons que ele descobriu fora de casa podem ter sido – além da voz da tia Aline, claro, que fala com ele todo dia – o discurso dos deputados. Alguém merece?!

Vou precisar de muito rock and roll e música boa para recuperá-lo...

terça-feira, julho 05, 2005

TPM acumula na gravidez?!



Bom, descobri que estava grávida no dia do meu casamento no civil. Além de toda a felicidade da notícia, do casamento, coisa e tal, pude respirar um pouco aliviada ao constatar que estava salvando o meu primeiro ano de casada. Constatação óbvia: sem encarar minha TPM por pelo menos dez meses, meu marido lindo iria me amar para sempre!!

Sim, porque minhas TPMs são de matar. Eu nem fico deprimida. Eu fico insuportável mesmo! Agressiva, impaciente, irritada. Violenta e mal-humorada. Enfim, uma monstra.

Pois estava eu, toda feliz de já terem se passado seis meses e eu continuo docinha, sem crises femininas, quando de repente... olha ela aí!! Acúmulo de trabalho, cansaço, barriga enorme, menino mexendo, tempo quase nenhum para diversão, casa ainda sem móveis (bom, quarto do Miguel sem móveis!) e a talzinha foi chegando de mansinho... quando eu vi, eu tinha virado uma monstra!!!

Admito que a TPM se confundiu com a TPF (tensão pré-férias, vcs devem saber o que é isso – quando vc está tão perto de ter um descanso, mas aí tudo parece desabar) e o bom humor foi pro espaço. Estive a ponto de matar um.

(Aliás, deixo logo um pedido de desculpas registrado, para o caso de algum desavisado ter cruzado meu turbulento caminho nos últimos dias.)

Mas, acredito que agora está tudo bem. Casamento continua, marido ainda me ama, meu chefe não me demitiu e meus amigos não deixaram de ligar... Sobrevivi. E já posso voltar a escrever aqui e começar a curtir as férias – que começam de verdade na próxima semana!!!

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