Ê, barriguda...

Ai, ai, minha barriga está cada dia maior...

Mas pelo menos uma coisa legal já aconteceu. Esse feriado, duas pessoas, voluntariamente, me identificaram como uma grávida!!! Eu já estava ficando cansada de todo mundo se surpreender ao descobrir que minha barriga não era gordura e sim um bebezinho. Pô, eu quero ganhar lugar nas filas com a preferencial de gestante!!

Mas, agora, tudo começa a melhorar. Numa loja, o moço me tratou espontaneamente como uma grávida. E na padaria, uma senhora sentou-se comigo, solidária por eu estar gestante. Hehehe, enfim o mundo reconheceu minha barriga.

E olha que ela está enorme! Acho até que de ontem para hoje ela aumentou uns 10 cm... heehehe... Mas a verdade, é que todo dia perco uma roupa. E sinto um volumezinho a mais na cintura. E apesar da maioria das pessoas dizerem que está tudo normal, sempre fico um pouco grilada quando alguém se espanta por eu ainda estar chegando no quarto mês, com tanta barriga. Enfim, pelo menos sei que só tem um aqui dentro, né?

Não se pode fugir da genética...

Ontem fui fazer mais uma ecografia. Dessa vez o exame era para detectar possíveis doenças no bebê. Depois de toda a tensão da espera, a felicidade. Está tudo ótimo com o baby, graças a Deus. Cabeçudo e barrigudinho, ele/ela chegou aos sete centímetros. Como pode ser tão pequeno e já ocupar um espaço tão grande no meu corpo e na minha alma, né?

Mas a maior revelação do exame foi que o meu bebê definitivamente puxou ao pai. A médica estava lá, tentando vê-lo de perfil – era a posição necessária para o exame – sem sucesso. Completamente de costas para o aparelho, só dava para ver a coluna vertebral. Ela mexeu, mexeu, empurrou e ele lá, nada de mover um milímetro. Foram muitos minutos de espera (eu já enlouquecendo de ansiedade) até que ela desistiu. “Vamos esperar um pouco. Vai para a sala de espera, eu faço outros exames, mais tarde tentamos de novo”.

Lá fui eu, esperar o baby resolver mudar de lugar. Fiquei lá, esperando um tempo, até a segunda tentativa. Mexe, passa gel, empurra... e nada. O malinha lá, impassível. Nem dava as caras para o aparelho. Já desanimada, a médica falou, vamos tentar o outro tipo de exame, por baixo (esse estava sendo feito na parte de cima da barriga). Já que ele está de costas, vai estar de frente se tentarmos pelo outro lado.

Beleza, concordei animada, e lá fomos nós. Começamos o outro exame e o malinha enfim virou. De costas para o aparelho de novo!! A médica quase morreu. Ele simplesmente tinha dado as costas para ela outra vez. Desanimada, ela me mandou voltar no dia seguinte, já à beira de desistir do exame. Daí eu apelei. Falei “olha, bebê, ajuda a tua mãe. Deixa de ser mala igual ao teu pai e colabora. Nem to a fim de voltar aqui amanhã. Além disso, to louca para te ver e saber que vc está bem”.

Provavelmente comovido (ou já com medo da bronca da mãe, hehehe), ele deixou a gente fazer o exame. A médica mudou de posição bem rápido e conseguiu pegar um perfil dele. Mesmo assim, só o suficiente para fazer as medições necessárias. Nas fotos da eco, vc nem consegue distingui-lo direito.

Enfim. Já deu para perceber o que terei pela frente, né?

P.S. Terei uma nova eco em abril, aí já para saber o sexo!!!

Cuidado, neurótica a bordo

Outra informação relevante para quem anda sonhando em ficar grávida: cuidado, passamos a viver uma tpm constante. Pelo menos nesses três primeiros meses. Ando tão sensível, tão sensível, que “qualquer beijo de novela me faz chorar”. È duro. Ando tendo verdadeiras crises de nervos. Coisas que em situação normal de temperatura e pressão nunca me abalariam, hoje causam estragos homéricos. Estou insegura, ainda mais passional, nervosa, sensível. Uma verdadeira bomba!

Pensem que chora a cada cena que vê na televisão. Vale de final de novela a propaganda com família. Ou numa pessoa que surta com qualquer resposta não tão docinha. Ou que perde a paciência fácil... E, juro pra vcs, é tudo completamente fora do meu controle. Virei uma louca com vontade própria. Haja hormônio.

Em todo caso, esse post é basicamente para agradecer ao marido maravilhoso que eu tenho. Obrigada, marido, pela paciência, compreensão, gentileza e carinho, ta? Vc vai ser o melhor pai do mundo. Te amo.

Drama de grávida parte II (a parte I é o enjôo)

Eu quero um guarda-roupa novo!!! Vocês têm idéia do que é levar dez anos construindo um guarda-roupa legal, que tenha a tua cara, com roupas estilosas, mesclando o clássico com o moderno, o barato com o caro, o achado com o dado de presente, e depois, em apenas TRÊS meses todo esse guarda-roupa (com sapatos e cintos incluídos) simplesmente não dar mais em vc???????????????????

Eu estou desesperada. Noventa e cinto por cento das roupas de grávidas são horríveis. Umas calças que ninguém em sã consciência usaria, uns vestidos que nem em comunidades hippies seriam apresentáveis, uns macacões que nem merecem serem descritos. Sainhas moderninhas, calças lindas e blusas diferentes, nem pensar! E aí, não mais que de repente, me vejo presa a uma saia preta reta e clássica, a cinco batinhas compradas nas últimas semanas e a uma única calça jeans...

Pô, tudo bem, meu corpo se transforma, é tudo poesia, lindo, lindo. Mas dá, ao menos, para alguém me dizer onde vou encontrar roupas decentes para vestir?! Não posso passar sete meses sendo outra pessoa. Ainda mais num momento delicado como esse... Por favor, preciso de uma roupa para ir a um show amanhã, uma roupa para ir a uma festa de aniversário no sábado, roupas sociais para trabalhar e, se não for pedir muito, uma vestidinho confortável para os fins de semana. Pode mandar entregar em casa mesmo.

Mãe pela primeira vez!

Ontem decidi voltar para casa de ônibus – é, no meio da confusão que está a minha vida, bateram no meu carro e ele está no conserto. Beleza, tudo tranqüilo, andar de ônibus em Brasília fora do horário de rush não é nenhum grande drama. Ao contrário, pode até ser divertido.

Mas lá estava eu, descendo na parada da minha quadra, quando percebi que, lesada que sou, não fazia a menor idéia de onde ficava o meu bloco. Quer dizer, eu sei meu endereço, claro. Mas da beira do eixinho de onde eu estava, não conseguia saber exatamente qual rumo tomar para chegar no meu prédio (não riam, eu já disse antes que sou meio lesada nessas coisas de geografia). Comecei a andar pela quadra, à procura de um sinal, quando começou a chover . Lei de Murphy, óbvio. Já estava quase estressada, quando encontrei um bloco familiar e pude me localizar. Foi quando uma coisa sensacional aconteceu.

Fiquei tão relax de ter achado o caminho, de estar chegando em casa numa boa, que comecei a bater papo com o meu bebê. Comemorando com ele, claro, que afinal de contas, a mãe dele não era tão louca assim. E que, no final, a gente até tinha se divertido. Foi quando percebi que, pela primeira vez, eu conversava naturalmente com o meu filho. Gente, sabe o que é isso?? Eu tive a total noção de que tenho um filho, de que ele chega em breve, de que eu não estou mais sozinha! Foi maravilhoso! Óbvio que eu comecei a chorar ainda na frente do bloco, né? Mas, como diz o pai do meu filho, enfim eu virei mãe!!!

(ok, eu só espero que depois disso tudo, meu bebê não passe a ter medo de ir ao shopping comigo...)

Oi, estou tentando voltar. Vamos ver se terei sucesso...

O filho da Angélica e do Luciano Huck nasceu. O que eu tenho a ver com isso? Absolutamente nada. Só que ouvi-lo contar do parto me fez pensar a sério sobne isso pela primeira vez. Caramba, EU vou fazer um parto. Sei que tenho evitado pensar nisso porque, como ainda faltam muitos meses, eu vou acabar sem conseguir controlar minha ansiedade. Mas aí, acabo esquecendo desse detalhe. Em algum dia de setembro, estarei eu, na sala de cirurgia, esperando a hora do meu bebê nascer. Nossa!! Só de imaginar me dá um puta frio na barriga. Sei que marido estará do meu lado, segurando na minha mão. Sei que vai dar tudo certo. Sei que vai ser lindo. Mas a idéia me deixa com um buraco no estômago!! Será que não dá para pular logo para outubro e isso tudo já ter acontecido??