terça-feira, junho 21, 2005

Super size me




Anos-luz antes de casar e engravidar, eu já tinha uma preocupação com criar filho. Era garantir que ele não crescesse comendo coisas trashes. Eu, enquanto mulherzinha que não toma refrigerante há quase 12 anos, acho um absurdo aquelas mães que dão coca-cola para os filhos ainda na mamadeira, sabe como é? Ou aquele povo que leva o bebê para o Mc Donald´s e o menino cresce chupando batinha frita, sem saber direito o que é uma fruta de verdade...

Bom, isso já foi motivo de brigas sérias na minha família. Minha mãe, viciada em coca-cola, sempre me aterrorizou dizendo que daria sim refri para os netos. Bastaria eu virar as costas. As críticas sempre foram de que eu queria criar um filho isolado do mundo, que nunca conseguirei manter meu filho distante dessas coisas, que coca-cola e Mc Donald´s todo final de semana fazem parte da infância neste mundo moderno. Eu já enlouquecia antes mesmo de assitir Super Size Me. Aí, vi o filme ontem.

Fiquei sem dormir. Gente, sinceramente, não sei o que fazer. Bateu um puta desespero. Como é que eu vou manter Miguel longe desse mundo trash?! Nenhum aniversário de criança hoje tem outra bebida além de refrigerante. Todos os meninos do mundo colecionam a droga dos brinquedinhos de brinde do Mc Donald´s. A minha família inteira diz que acha tudo isso uma grande frescura e que vai dar ao Miguel tudo o que ele quiser – bom, o que ELES quiserem, né? Porque um menino de um ano, por exemplo, não vai saber pedir coca-cola, concordam? Então, o que fazer? Mudar para o Pólo Norte?

Estou em franco processo de discussão sobre o assunto. Quero acreditar que os bons hábitos adquiridos na minha casa farão com que meu filho mantenha o mínimo de educação alimentar. Que mesmo com toda essa influência negativa do mundo aí fora, ele vai aprender comer direito. Afinal, a “esperança tem de vencer o medo”, né não?

P.S. A propósito, André, teu post (www.joselitando.blogspot.com) sobre esse assunto foi animador! Eco aos meus pensamentos.

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