domingo, junho 05, 2005

Pulando fogueiras sem desistir



Nosso grande mestre Paulo Coelho já dizia: quando vc está prestes a conseguir uma coisa, os obstáculos do caminho se multiplicam para testar de vez a sua resistência e obstinação (não sei se essas são as palavras exatas, mas vale pela idéia). É exatamente assim que estou me sentindo com a missão de retomar minha vida social. Está parecendo uma teoria da conspiração para me convencer a ficar em casa de uma vez!

Esse fim de semana, fui a mais uma festa junina. Dessa vez, uma de verdade, em que Dominguinhos iria tocar e eu poderia dançar muito forró (bom, o tanto que a barriga proeminente permitisse, claro). Apesar de ter tido um sábado cheio de afazeres, consegui disposição, animação e concordância de marido para irmos a um aniversário de criança e, de lá, emendar na tal festa. Maravilha!

Venci os primeiros obstáculos sendo absolutamente zen. Mesmo com apenas uma calça jeans e uma blusa de frio cabíveis e usáveis, encontrei um casaco de couro que ainda servia e caprichei na maquiagem. Encarei a festa de criança, convenci uma galera e lá fomos nós. Antes das 22h – para achar lugar fácil para estacionar, blá-blá-blá –, ingresso pela metade do preço e... a primeira decepção. Eram apenas quatro barraquinhas de comida!!! Fala sério!! Como uma festa junina não tem barracas e mais barracas de comidas típicas??

Óbvio que com essa variedade de produtos, as filas estavam descomunais. Tive de dar carteirada – ou melhor, barrigada – em todos os lugares, para conseguirmos comprar quentão fraco e cachorro-quente sem molho. Mas, tudo bem, Dominguinhos iria salvar a noite...

Frio de rachar, quadra de esporte relativamente vazia e nada acontecia. Quase meia-noite, uma movimentação. Quadrilha!! Oba, alguma coisa para animar. Nada. Alarme falso. Quadrilha só depois dos shows. Apesar de já ter encontrado um bando de gente e até estar fazendo uma socialzinha, tivemos de esperar até 1h da manhã para ver o primeiro show. Cordel de Fogo Encantado. Olha, sem comentários. Os caras podem até ser bons, não vou discutir. Mas no maior frio, de madrugada, com fome, sem bebida para animar, agüentar aquele batuque pernambucano foi um saco. Por quase uma hora tive esperança de que a coisa ia engrenar. Mas a única coisa que vimos foi o povo ir embora. Sem nem olhar para trás.

Às duas, fomos embora. Sem Dominguinhos, sem pinga com mel, sem maçã do amor, sem chocolate quente (eles iam fazer, já ia sair, desde às 23h), sem paciência... e pior, sem o show do Cordel acabar. Ninguém merece.

Mas fim de semana que vem tem mais. Não vou desistir.

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