sexta-feira, agosto 19, 2005

Eu e meu barrigão



É isso, oitavo mês de gravidez e a gente só se arrasta pelos lugares. O inevitável andar de patinha já se apossou do meu corpo. Sentar e levantar viraram exercícios de alta complexidade. Mas sabe que algumas coisas até são engraçadas?

Escovar os dentes, por exemplo. A tarefa cotidiana passa a exigir muito mais concentração. Afinal, entre a boca e a pia agora existe uma barriga enoorme... Sentar à mesa para comer também não é mais coisa simples. É preciso coordenação motora e firmeza nas mãos para levar a comida do prato até à boca. Sim, porque o caminho ficou bem mais distante. No meio, mais uma vez, uma barriga enooorme...

Encostar em balcão de qualquer estabelecimento virou piada. Ou a gente chega assim, de ladinho, ou o cidadão do outro lado nem te escuta. O mesmo vale para portas que, até então, vc nunca tinha reparado ser tão estreitas. Simplesmente passar e entrar? Nem pensar. É preciso antes parar, dar uma analisada no espaço e rezar para ninguém decida passar ao mesmo tempo que vc. Ou...

Sem falar nas pessoas ao seu redor. Basta dois ou três dias sem te ver, para que tomem um susto enorme no reencontro: “Nossa, que barrigão!! Para quando é mesmo?” Tudo para não deixar dúvidas de que sua barriga vem crescendo em progressão geométrica...

Mas, de tudo, o pior do oitavo mês é constatar o que uma amiga me disse ainda no comecinho da gravidez: dá um ano que vc ta grávida, mas não dá nove meses! Pronto. É exatamente como me sinto. Cadê Miguel?

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